terça-feira, 12 de abril de 2011

Cativeiros ambulantes

Transportei-me para algum lugar...
Neste lugar quis permanecer.
Escondido.
Preso dentro de mim... Em algum lugar.
Saída até que há, mas quem disse que eu quero sair?
Tornei-me cativeiro e prendi a mim mesmo.
Medo?
Sim... Medo.
De quê?

Medo de não corresponder às expectativas de outrem... Aquilo que esperam de mim. O mundo quer mais de você, sempre mais, mais...;
Medo de não vir a ser aquilo que sonhei pra mim. Sonhos não são reais...;
Medo de caminhar e cair em meio ao vão. E lá permanecer... É fundo, escuro;
Medo de me apaixonar.
Medo de me decepcionar.
Medo de perder... Algumas perdas são sempre inevitáveis.
Medo de fracassar...
Medo...
Medo...

Prefiro me prender dentro de mim. Eu sou o cativeiro. Faço o lugar dentro de mim do meu jeito.
Não quero sair tenho medo... Estou preso a mim mesmo.

“E assim caminha a humanidade...”
Cativeiros ambulantes.


O sonho não é real... Fato, mas se caminharmos e desviarmos as valas, encontrarmos pessoas que acreditem na gente, que se permitam conhecer, o sonho torna-se real, porque haverá sempre alguém que sonhará conosco. Pessoas sempre vão passar por nós, algumas até permanecer, algumas tão apaixonáveis que serão sempre marcantes, pelo simples fato de serem o que são, apaixonáveis, não há decepção se compreendermos que ninguém é do jeito que queremos que sejam, que bom que não são.

                                                                                                                                                                                           Krislanio Alves


2 comentários:

Gabriela Marques de Omena disse...

Cá estou eu ouvindo Tiê, Passarinho.
... que o medo me apagasse no escuro...

Existem sim pessoas apaixonáveis, mas aonde estão? Não as encontro. Acho que o medo precoce de decepção me cega muito antes de poder enxergar a luz dos olhos de quem ainda não conheci.

Fico feliz por vocÊ estar prestes a terminar seu curso! Desejo a ti muito sucesso e felicidades em sua profissao! Bacana saber que seguiu enfermagem, um dia até pensei, mas desisti. Nasci pra cuidar de pessoas, assim acho, mas de uma forma diferente.

Um beijo doce, Kris.
Uma semana cheia de luz pra você!

Lívia Gurgel disse...

Medo que dá medo do medo que dá!

Os sonhos não são reais até que se vença o medo e lute para que eles se tornem. Há que superar o medo de que mesmo com a luta, ele não se torne real, porque às vezes um sonho não depende só de nós pra se tornar real, mas enquanto depender, há que lutar!
"Medo de me apaixonar.Medo de me decepcionar." Com esse medo não sei ainda o que fazer. Mas espero que você descubra.
ótima semana, beijos.