terça-feira, 5 de abril de 2011

Contra-dizer


Contradigo-me
Digo o que sinto.
Sinto, mas não digo o que sinto.
Não sinto, minto.
Omito o que sinto.
Eu sinto.

Digo
Desdigo.

Gosto e deixo de gostar.
Digo que não gosto.
Mas quem eu quero enganar?

Amo e deixo de amar.
Deixar de amar?
Impasse...
Querer-te ou afastar-me?
Por mim não passe...
Permaneça...
Mesmo que meu coração não te esqueça.
Deixa assim... Ficar assim...
Não te amo...

Só não sei o que dizer...
Se digo, contradigo-me.
Se sinto, não minto, mas não digo o que sinto.

Eu sinto...
Que meu mundo pára.
Que meu coração acelera.
Meus olhos seguem você.
Meus pensamentos se confundem...
A direção é você.

Sinto...
Mas não digo.

Já disse hoje o que sinto por você?

Um comentário:

Gabriela Marques de Omena disse...

E recomeça a confusão caótica de seus versos outra vez.
Uma antítese gostosa essa do Amor. Uma confusão.
E quem disse que amar era diferente?

Kris, saudades de vir aqui.
Juro.
Lembrei de teu cantinho hoje, e vim aqui matar a saudade. Pelo visto, assim como eu, você também anda meio sumido, mas espero de coração que esteja indo tudo muito bem em sua vida, e se se teus versos são verdadeiros, descrevem sua vida pessoal, que diga logo o que sentes. Diga. A boca fala aquilo que o coração sente.

Um beijo doce.
Saudades.
Ótimo fim de semana.
Nunca pare de escrever!