domingo, 26 de dezembro de 2010

Sangria

Queria tão logo tirar-lhe do pensamento...
pra não mais lembrar...
lembrar que um dia amei.
Lembrar que sangrei.
Tirar-lhe do coração...
como quem tira espinho com a mão.
Doeu...
Nada é pra sempre.
TUDO MENTIRA!
Sangria interminável...
Chaga incurável
Pensamento insistente
Já não há presente.
Passado persistente.
Ah! Se tão logo lhe tirasse do pensamento.
Se ao menos não houvesse sofrimento.
Já me perdi nesse tempo,
que insiste em ser passado presente.
O tempo passa
e não há passatempo.
O tempo volta...
E não me devolve a mim.
Alguém me tomou de mim.
Sou devoto de ti.
Toma-me pra ti...
Verdadeiramente.
Sem ser escravo desse sentimento.
como quem sente preso
a alguém que mente.
Dói.
Mas se não posso tirar-lhe do pensamento
Deixa ao menos regressar para dentro de mim.
Sem te ver em mim.
Hoje...
Mais uma vez...
em versos soltos
pensei em você.
Disse: Sangria interminável.
Por Deus...
deixa-me solto.
Permita...
                     ...Arrancar-lhe do pensamento...
                                                                             ...e curar coração.
Por Deus.

Krislanio Alves

Um comentário:

Anônimo disse...

cara adoreei seu blog tudo de bom
ameei o poema
Beijinhos!!